/ Notícias / Regras do acordo ortográfico agora são obrigatórias Notícias - Geral

Divulgamos na integra, noticia veiculada hoje pela Agência CNM.

Regras do acordo ortográfico agora são obrigatórias

Terça, 05 de janeiro de 2016.

As novas regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa começaram a valer com a virada de ano. Mudanças como o fim do trema e alterações nas normas para uso de hífen e acentos diferenciais são oficiais desde o dia 1.º de janeiro. Assinado em 1990 com outros países que possuem como língua oficial o Português para padronizar as regras ortográficas, o acordo foi ratificado pelo Brasil em 2008 e implementado sem obrigatoriedade em 2009.

A previsão inicial era que as regras fossem cobradas oficialmente a partir de 1.° de janeiro de 2013, mas, após polêmicas e críticas da sociedade, o governo adiou a entrada em vigor para 1.° de janeiro de 2016.

O Brasil é o terceiro dos oito países que tornou as mudanças obrigatórias, que já estão em vigor em Portugal e Cabo Verde. Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda não aplicam oficialmente as novas regras ortográficas.

Padronização
Com a padronização da língua, a comunidade de estados-membros de língua portuguesa pretende facilitar o intercâmbio cultural e científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura, já que os livros passam a ser publicados sob as novas regras, sem diferenças de vocabulários.

De acordo com o Ministério da Educação, o acordo alterou 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.

Principais alterações
Não haverá mais a discussão se k, w e y são letras do alfabeto brasileiro. As letras foram aderidas para o "abc" dos países que assinaram o acordo. Elas já são usadas em várias palavras do idioma, como nomes indígenas e abreviações de medidas, mas estavam fora do vocábulo oficial.

O trema foi eliminado da língua escrita, mas não da falada. O acento poderá ser usado apenas em nomes próprios. No entanto, palavras como linguiça, cinquenta e tranquilo continuam com a mesma pronúncia.

Os acentos diferenciais também deixaram de existir, de acordo com as novas regras, eliminando a diferença gráfica entre pára (do verbo parar) e para (preposição), por exemplo. Há exceções como as palavras pôr (verbo) e por (preposição) e pode (presente do indicativo do verbo poder) e pôde (pretérito do indicativo do verbo poder), que tiveram os acentos diferenciais mantidos.

O acento circunflexo foi retirado de palavras terminadas em "êem", como nas formas verbais leem, creem, veem e em substantivos como enjoo e voo. Já o acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos "ei" e "oi" (antes "éi" e "ói"), dando nova grafia a palavras como ideia e jiboia.

O hífen deixou de ser usado em dois casos: quando a segunda parte da palavra começar com s ou r (contra-regra passou a ser contrarregra), com exceção de quando o prefixo terminar em r (super-resistente), e quando a primeira parte da palavra termina com vogal e a segunda parte começa com vogal (auto-estrada passou a ser autoestrada).

Agência CNM com informações do Portal Brasil

notícia criada em 05/01/2016 as 15:00 por Otaviano Teixeira Gomes Junior, visualizada 809 vez(es).