Vinte municípios respondem por 87,2% da produção e área plantada de milho safrinha em MT

Mato Grosso é o segundo maior produtor de milho safrinha do Brasil, com uma produção acima de cinco milhões de toneladas por hectare e possui uma área plantada de 1,42 milhões de hectares.

Nos últimos 11 anos a área plantada teve um aumento de 297% ultrapassando o cultivo do milho de verão. O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e doutor em genética e melhoramento de plantas, Everton Diel Souza apresentou esses números durante o IX Seminário Nacional de Milho Safrinha, que aconteceu no final de novembro, em Dourados, Mato Grosso do Sul.

O evento foi realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), e contou com a participação dos Estados do Paraná (considerado o maior produtor de milho safrinha do país), São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

O pesquisador apresentou um histórico da evolução do milho no Estado desde a década de 70, quando plantava e não colhia por falta de preço do produto.

A partir de 1980, os produtores começaram a utilizar cultivares melhoradas e mecanização intensiva. O cultivo do milho safrinha só começou na década de 90, e já na safra 96/97, ultrapassou em área cultivada o milho de verão (normal).

Para mostrar a evolução da cultura no Estado foi realizado levantamentos em áreas produtores nas regiões Oeste, Sudoeste, Centro-Oeste, Centro, Centro-Norte e Sudeste, pesquisando os sistemas de produção de milho na região. Foram caracterizados 20 municípios produtores com áreas superiores a 15 mil hectares e produções acima de 45 mil toneladas.
Nesses municípios foram plantados na safra 2007, mais de 1,24 milhões de hectares de milho safrinha, o que correspondem a 87,2% da área plantada e produção no Mato Grosso, informa.

Os municípios produtores são: Campo Verde, Primavera do Leste, Itiquira, Guiratinga, Alto Paraguai, Sapezal, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Diamantino, Tangará da Serra, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Ipiranga do Norte, Sinop, Tapurah, Santa Rita do Trivelato, Itanhangá e Vera.

Segundo Everton, a cultura do milho vive um novo momento, devido excelente liquidez do produto. Ele acredita que isso é resultado da instalação de empresas de grande porte que utilizam ração à base de milho e agora pelo interesse mundial do milho para o biocombustível. A expectativa do produtor é de manutenção da área plantada, vender melhor a produção, obter uma variedade de soja mais precoce para aumentar a área de milho safrinha e conseguir melhor produtividade com a melhoria genética dos híbridos ”, conclui Diel.

notícia criada em 12/12/2007 as 09:15 por Contap, visualizada 1138 vez(es).